Os últimos dias têm sido ricos no que toca à computação quântica e a mais recente novidade neste segmento vem da Google. Depois das dúvidas colocadas pela IBM, a Google mostra que de facto alcançou a “supremacia quântica” com o seu computador quântico.
A luta entre as duas empresas tem estado ao rubro, com ambas a querer mostrar que estão na linha da frente no desenvolvimento destes computadores. Para além disso, a Microsoft também está a meter-se na corrida.
Desde o início do aparecimento da tecnologia de computação quântica que se tem questionado o seu verdadeiro valor. As dúvidas relativamente à sua utilidade, à capacidade de elevar o potencial humano e de criar paradigmas tem sido algo sempre associado aos computadores quânticos.
Nesse sentido, a Google decidiu começar os seus desenvolvimentos na área. O objetivo passa por mostrar a todo o mundo a capacidade destes terminais, especialmente em realizar tarefas que os computadores convencionais e clássicos não conseguem. Para isso, a gigante tecnológica desenvolveu o seu computador quântico de modo a alcançar um marco histórico no segmento.
O objetivo da empresa norte-americana foi cumprido ao estabelecer a “supremacia quântica”, feito que foi posto em causa pela IBM, uma das gigantes em computação quântica, que duvidou do trabalho da Google.
Agora, a gigante tecnológica vem mostrar definitivamente o trabalho que foi realizado. Num artigo publicado na revista Nature, a Google e os seus parceiros nesta investigação deram a conhecer ao pormenor o seu feito em computação quântica.
Foi desenvolvido um novo processador de 54-qubit, denominado “Sycamore”. Posteriormente, este processador foi colocado à prova. Usando a sua nova tecnologia, que garante mais velocidade e fidelidade nos processos, o Sycamore foi capaz de cumprir em 200 segundos uma tarefa que demoraria 10.000 anos no supercomputador mais poderoso do momento.
Assim, segundo a definição de supremacia quântica, a Google alcançou o feito tão desejado. O principal motivo para isto esteve no desenvolvimento do processador, que permitiu elevar a profundidade das operações. Para além disso, os algoritmos usados conseguem explorar ao máximo o potencial deste componente.
Com estes desenvolvimentos, o mundo da computação quântica está ao rubro! A IBM e a Google estão a lutar pelo domínio do segmento e até a Microsoft já está a trabalhar nesta área.
Não obstante, a democratização dos computadores quânticos está a décadas de distância. A Google conseguiu alcançar um feito incrível, mas apenas em algo muito específico. Nas restantes tarefas, o nível de desenvolvimento ainda é muito embrionário para um computador quântico se destacar dos convencionais.
Fonte: pplware
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